Três pesquisadores abriram as portas para as telecomunicações de banda larga e a proliferação de fotografia digital | ||||||
por John Matson | ||||||
Metade do prêmio coube a Charles Kao, que já atuou no Laboratório de Telecomunicação Padrão, em Harlow, Inglaterra, e atualmente trabalha na Universidade Chinesa de Hong Kong. Kao foi pioneiro no campo das fibras ópticas ─ a transmissão de informação por fibras de vidro flexíveis. Ele percebeu que, eliminando impurezas do vidro, o material poderia formar um meio ideal para a propagação de luz de alta freqüência. Na época em que iniciou seus trabalhos, somente 1% a luz da luz transmitida era recuperada depois de um percurso de 20 m de fibra. Atualmente, 95% da luz transmitida é preservada depois de 1 km. Para Joseph Nordgren, físico da Universidade de Uppsala, Suécia, a inovação de Kao está na identificação e eliminação de problemas que impediram a transição das fibras ópticas, da teoria para a prática. “Resolver esses problemas foi o foco do trabalho de Kao.” A outra metade do prêmio foi partilhada pelos pesquisadores dos Laboratórios Bell, em Murray Hill, Nova Jersey, Willard Boyle e George Smith, inventores do dispositivo de carga acoplada (CCD, na sigla em inglês), que substitui os filmes convencionais na maioria das câmaras digitais. O CCD revolucionou a astronomia e a eletrônica pessoal, permitindo que observatórios espaciais como o Telescópio Espacial Hubble captassem imagens digitais de alta resolução. Boyle comenta que o ponto alto de sua carreira foi saber que a tecnologia que ajudou a inventar permitiu aos veículos de pouso da Mars Mission transmitir para a Terra imagens detalhadas do Planeta Vermelho. De acordo com o comitê de premiação do Nobel, Kao nasceu na China e hoje tem cidadania inglesa e americana, Boyle nasceu no Canadá e também é cidadão americano e Smith é americano. Os três estão aposentados. O prêmio de 2008 foi compartilhado por três físicos ─ Yoichiro Nambu, da University of Chicago, Makoto Kobayashi, do Centro de Pesquisas do Acelerador de Altas Energias, em Tsukuba, e Toshihide Maskawa, da Universidade Sangyo e do Instituto de Física Teórica da Universidade de Kyoto, em Kyoto, as duas últimas no Japão ─ cujas descobertas estavam muito mais afastadas da realidade do cidadão comum, um trabalho teórico sobre física de partículas. |
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Nobel de Física vai para pioneiros da era digital
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