“Ruído” sísmico em dados de prospecção de petróleo pode decifrar o processo de mistura dos oceanos | ||||||
por Lucas Laursen | ||||||
Agora, pesquisadores demonstraram que uma ferramenta emprestada da indústria petrolífera é capaz de gerar instantâneos rápidos e de alta resolução dos meddies. A técnica, utilizada inicialmente para encontrar reservas de petróleo sob o assoalho oceânico, emprega reflexões sonoras. Equipamentos de prospecção em navios disparam jatos de ar logo abaixo da superfície aquática; as ondas acústicas se propagam até o fundo e são refletidas para uma rede de microfones que vai a reboque do barco. O tempo de retorno das ondas sonoras revela a densidade do material pelo qual passaram. As regiões de fronteira entre massas aquáticas também têm uma “assinatura” sonora, muito fraca, que a indústria petrolífera costumava tratar como simples ruído. Mas, em 2003, uma equipe liderada por W. Steven Holbrook, da University of Wyoming, nos Estados Unidos, adotou a técnica e criou imagens inesperadamente nítidas das fronteiras de densidade no oceano. Mudanças na densidade da água do mar resultam de mudanças de sua temperatura e salinidade. Como essas grandezas costumam ter valores específicos para cada corrente oceânica, os pesquisadores conseguiram visualizar interações entre frentes oceânicas, da mesma maneira que os climatologistas mapeiam as fronteiras entre regiões climáticas. | ||||||
sábado, 21 de novembro de 2009
“Lagos” Oceânicos - Scientific American
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Artigos científicos
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