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sábado, 29 de janeiro de 2011

100 Trilhões de Conexões

Ruído produzido por bilhões de células cerebrais comunicando-se umas com as outras pode conter uma pista fundamental para a compreensão da consciência
por Carl Zimmer

Um único neurônio está sobre placa de petri, isolado, mas vibrando, muito satisfeito consigo mesmo. De vez em quando, libera espontaneamente uma onda de corrente elétrica que percorre todo o seu corpo. Ao aplicar pulsos elétricos a uma extremidade do neurônio, ele pode responder com novos pulsos de tensão. Mergulhando o neurônio em vários neurotransmissores, é possível alterar a intensidade e o sincronismo das ondas elétricas. Na placa, isolado, o neurônio não consegue fazer muita coisa. Mas coloque 302 neurônios juntos, e eles se tornam um sistema nervoso capaz de manter vivo o verme Caenorhabditis elegans, sondar o ambiente, tomar decisões e enviar comandos para o corpo do organismo. Junte 100 bilhões de neurônios – com 100 trilhões de conexões – e terá um cérebro humano, capaz de fazer muito, mas muito mais.

Continua um mistério o fato de nosso cérebro se formar a partir de um conjunto de neurônios. A neurociência ainda não tem condições de esclarecer esse enigma, apesar de todas as suas conquistas. Alguns neurocientistas passam a vida toda explorando neurônios isolados. Outros escolhem uma escala mais alta: observam, por exemplo, como o hipocampo – um aglomerado de milhões de neurônios – codifica as lembranças. Outros estudam o cérebro numa escala ainda mais refinada analisando as regiões ativadas em processos como ler ou sentir medo. Mas poucos tentam visualizar o cérebro em todas essas escalas simultaneamente. Em parte, a dificuldade está relacionada à natureza complexa do empreendimento. A interação apenas entre alguns neurônios pode ser um conjunto complexo de feedbacks. Acrescente mais 100 bilhões de neurônios e esse problema se transforma num insolúvel quebra-cabeça.

Alguns cientistas, no entanto, consideram que chegou a hora de enfrentar esse desafio. Eles acreditam que nunca entenderemos de fato como o cérebro se forma a partir do sistema nervoso, mesmo dividindo-o em peças separadas. Observar apenas os pedaços seria o mesmo que tentar descobrir como a água se congela estudando uma única molécula dela. “Gelo” é um termo sem sentido na escala de moléculas individuais. O conceito só existe graças à interação entre um número imenso de moléculas, que se agregam para formar cristais.

Felizmente, os neurocientistas podem se inspirar em outros pesquisadores que estudam diferentes formas da complexidade há décadas – do mercado de ações e circuitos de computadores à interação gênica e proteica em uma única célula. O mercado de ações e uma célula podem não ter muito em comum, pois os pesquisadores descobriram algumas semelhanças intrínsecas em todos os sistemas complexos que estudaram. Ferramentas matemáticas específicas foram desenvolvidas para facilitar a análise desses sistemas. Os neurocientistas estão começando a usar essas ferramentas para tentar entender a complexidade do cérebro. A pesquisa está apenas engatinhando, mas os resultados já são promissores. O importante, segundo os cientistas, é descobrir as regras que bilhões de neurônios obedecem para se organizar em redes, e como elas se unem numa única estrutura coerente que chamamos cérebro. Para eles, a organização dessa rede é fundamental para entendermos um mundo sempre em mudanças. Alguns transtornos mentais mais devastadores, como esquizofrenia e demência, podem resultar do colapso parcial de redes
cerebrais.

Os neurônios formam redes estendendo axônios, que fazem contato com outros neurônios. Quando isso ocorre, um sinal que se propaga por uma célula nervosa pode disparar uma onda de corrente em outros neurônios. Como cada célula pode se unir a milhares de outras – tanto as próximas, como as que se encontram do outro lado do cérebro – as redes neurais podem assumir um incrível número de arranjos. A forma como uma determinada rede se organiza tem enormes implicações no funcionamento do cérebro.

Para ler o artigo completo, com seis páginas, acesse: 100 Trilhões de Conexoes

Fonte: Scientific American Brasil

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Plantas são modificadas para detectar explosivos

 Um projeto desenvolvido na Universidade do Estado do Colardo utiliza plantas manipuladas para a detecção de explosivos. Quando detectam a presença de elementos quimícos semelhantes aos que são encontrados em bombas, as plantas mudam para a cor branca.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Quem jamais sonhou em descobrir um planeta?

Tudo bem, alguns nunca pensaram nisso. Mas aqueles que ainda tem essa vontade, agora podem saciá-la. Pesquisadores da Universidade de Yale desenvolveram uma solução que foi aproveitada pela NASA. Basta acessar o seguinte site www.planethunters.org e fazer seu cadastro.
Fazendo isso, qualquer pessoa pode se tornar um "desbravador do universo" e descobrir novos planetas. Graças aos gráficos divulgados pela NASA ao usuário, os quais representam a variação de luminosidade de uma determinada estrela. O segredo para achar um novo planeta orbitando é analisar corretamente essas "curvas de luminosidade".
O telescópio espacial Kepler é o responsável por fornecer os dados brutos. Lançado em 2009, foi apontado para a região da Via Láctea com maior densidade de estrelas. A partir daí, pode-se ter uma ideia da quantidade de informação recolhida, apenas esperando para serem estudadas.

"O truque é fazer muitas pessoas olharem para os mesmos dados", explica Kevin Schawinski, astrônomo de Yale e um dos idealizadores do projeto. "Se uma pessoa sugere que há um trânsito, vai saber? Mas se oito em dez dizem a mesma coisa, provavelmente é bom darmos uma olhada de perto."
"Pessoas e algoritmos de computador são boas em enxergar coisas diferentes. No caso de curvas de luminosidade, um ser humano tem muito mais chance de enxergar um planeta com um baixo número de trânsitos numa estrela de brilho variável. Em situações assim, o reconhecimento de padrões humano ainda é muito mais poderoso que o de computadores." (J.C. 24 de janeiro de 2011)

Que tal experimentar e começar a fazer colaborações a ciência?

Vitor S. Chagas - Editor do Clave de Pi

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Monte sua bateria [Kitbuilder]

Um "programa" muito bacana da Dw é o Kitbuilder, com ele você pode montar sua batera do jeito que quiser, escolher o tamanho das peças, a série, entre outras coisas, e além disso é tudo Dw. Mesmo que você não compre (só se você tiver uma grana boa...rsrs) é legal "brincar" com esse "programa".



 


Veja também em Som Batera.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Escher - Um artista Singular

Maurits Cornelis Escher nasceu em 1898, em Leeuwaden, sendo o filho mais novo do Engenheiro hidráulico G.A.Escher.

Aos 13 anos, Escher ingressou numa escola secundária em Arheim. Foi considerado um péssimo aluno e sendo reprovado duas vezes pelos professores. Em 1919, Escher foi para Haalem, com intuito de estudar na Escola de Arquitetura e Artes Decorativas sob orientação do arquiteto Vorrick, porém o seu estudo de arquitura não durou muito tempo. Samuel Jesserun de Mesquita, um professor que ensinava técnicas de gravura artística, verificou o talento do aluno e convenceu com que ele mudasse para o curso de Artes Decorativas, Mesquita tornou-se o professor principal de Escher durante os primeiros anos.

Até princípios de 1944, quando Mesquita, juntamente com sua mulher e o filho, foi preso e assassinado pelos alemães nos campos de concentração, Escher manteve-se em contato com seu professor.

 
 
Durante a sua estadia na Itália, no peíodo de 1922 a 1935, Escher desenvolveu suas primeiras xilogravuras das paisagens pitorescas da Itália. Casou-se com a jovem Jetta Umiker durante uma das viagens para sul da Itália, com quem teve três filhos. Em 1935, o clima político na Itália tornou-se impossível para Escher, desinteressado em questões políticos, mudaram-se para Chateaux-d'Oex, na Suíça. A estadia nesse lugar foi de apenas dois anos.

Em 1937, a família mudou-se para Ukkel, na Bélgica. Quando a guerra começou, tornou-se psicologicamente difícil viver na Bélgica para alguém de origem holandesa, pois muitos belgas tentaram fugir para o sul da França e entre os que ficavam crescia um surdo ressentimento contra os estrangeiroa que desgastavam os já decrescentes provisões alimentícios. Em janeiro de 1941, Escher mudou-se para Beern, na Holanda. Foi lá onde o artista teve o sossego de desenvolver seus trabalhos mais ricos da sua carreira artística. Em 1962 submeteu a uma grave operação por causa de uma doença, daí em diante produziu poucas obras. Em 1970, mudou-se para a Casa-de-Rosa-Spier em Laren, uma casa onde os artistas idosos podiam ter os seus próprios estúdios e serem cuidados, ali faleceu em 27 de março de 1972. 
Fonte: http://www.bancodedadosvisual.hpg.ig.com.br
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Escher não era matemático propriamente dito, mas suas obras fazem-os refletir nas belezas da geometria e na criatividade do ser humano. 
Hoje, pude ir e comteplar várias obras deste grande artista. Junto com o nosso colaborador, o professor Vladimir, fomos ao Centro Cultural Banco do Brasil, onde está acontecendo uma exposição intitulada "O Mundo Mágico de Escher". Além de nos divertimos, ficamos maravilhados com os trabalhos da vida desse artista. Vale a pena conferir. Se você tiver tempo, creio que será compensador. A entrada é franca, e além da exposição de Escher, tem várias outras exposições no CCBB. Visitamos o museu do dinheiro também, o qual mostra todas as moedas que já existiram no Brasil, e de vários outros países.
Mais informações sobre a exposição Clique Aqui.

Algumas imagens deste grande artista:

A água está subindo ou descendo? ( No desenho acima). Descubra indo a exposição.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Cientistas encontram bactérias vivas enterradas em sal há 34 mil anos

Halita conservou seres vivos

Um complexo ecossistema de bactérias devoradoras de sal sobrevive há 34 mil anos enterrado em fluidos no interior de minerais de Death Valley e Saline Valley, no estado americano da Califórnia, tal como revela um estudo publicado nesta quinta-feira.

A halita, como se denomina o mineral formado por cristais de cloreto de sódio, foi o lar dessas bactérias, procariotas e eucariotas, durante dezenas de milhares de anos, segundo o estudo, publicado na edição de janeiro da revista da Sociedade Geológica Americana, "GSA Today".

Segundo o principal autor do texto, o cientista Brian A. Schubert, do Departamento de Estudos Geológicos da Universidade do Estado de Nova York, as bactérias estão vivas, mas a vida delas é limitada à sobrevivência, pois não usam energia para nadar nem se reproduzir.

A base de sua sobrevivência é um organismo unicelular, chamado alga Dunaliella, presente em muitos sistemas salinos. Esse organismo produz carvão e outros metabolitos que servem de sustento às bactérias.
Assim, os organismos podem sobreviver, durante períodos imprevisíveis, flutuando em fluidos no interior dos minerais.
"A parte mais emocionante (da pesquisa) foi quando pudemos identificar as células de Dunaliella nos cristais, porque eram indícios de que poderia haver uma fonte de alimento", explicou Schubert ao site Our Amazing World.
O rápido crescimento dos cristais de sal, que envolvem todos os fluidos em pequenas borbulhas protegidas em seu interior, é outra das razões da surpreendente longevidade das bactérias, segundo o estudo.

A pesquisa de Schubert e sua equipe não é a primeira descoberta de organismos tão antigos, pois já foram publicados inclusive estudos que falam de bactérias vivas de mais de 250 milhões de anos, mas é a primeira em que os cientistas comprovaram suas conclusões repetindo os testes.
Segundo Schubert, a prova de que seu estudo não é manipulado é que conseguiu fazer com que os organismos voltassem a crescer uma segunda vez, e quando enviou os cristais a outro laboratório, obteve os mesmos resultados.
Os cientistas ainda não determinaram, no entanto, como as bactérias conseguiram sobreviver durante tantos milhares de anos com o sustento tão mínimo que a alga lhes proporcionava.
A equipe pretende agora aprofundar essa pesquisa e contrastá-la com outros estudos que exploram a vida microbiana na terra e no sistema solar, onde existem materiais de inclusive bilhões de anos de idade que são potencialmente capazes de abrigar microorganismos.

Por enquanto, Schubert e seus colegas conseguiram algo pouco comum: que bactérias se reproduzam pela primeira vez em milhares de anos.

Cinco dos 900 cristais de sal analisados pela equipe produziram novas bactérias vivas, indicou Schubert. Segundo ele, os micróbios demoraram cerca de dois meses e meio para "despertar" de seu estado de letargia antes de começar a se reproduzir.
(Efe)
(Terra, 13/1)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Somos vácuo

[Conteúdo Sob Revisão]

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Feliz 2011

Aos nossos queridos seguidores e aos que nos ajudam a continuar esse blog, um ótimo ano de 2011 para todos vocês.

Assim como 2011 é um número primo, que ele esse ano seja singular para você também.

Um grande Abraço!