O violino descende      de antigos instrumentos orientais - o Nefer egípcio, o Ravanastron da India,      o Rebab árabe, o R'Jenn Sien dos chineses e mesmo da antiga Lira dos gregos.      Por volta do século X surgiram as primitivas violas: primeiro a Viéle de rota      utilizada pelos peregrinos em Savoia; depois, progressivamente, a família      das Violas que foram atravessando a Idade Média e a Renascença dando origem      às Viole "da braccio" e as "da gamba", conforme eram seguradas entre os braços      e ombros ou entre os joelhos respectivamente. Mais tarde esses instrumentos      foram adaptados às diversas necessidades de expressão e acústica, levando      os fabricantes e os compositores a pesquisarem novas formas e modalidades      de instrumentos. A partir da renascença, até o Século XVIII, a genialidade      dos "luthiers"(fabricantes de alaúdes - luth - e por extensão aos demais instrumentos      de corda) esteve intimamente associada à genialidade dos maiores compositores      de suas épocas e às descobertas técnicas dos instrumentista na criação do      violino, hoje considerado O Rei dos Instrumentos. A Viola d'Amore, por exemplo,      foi utilizada por J.S.Bach na Paixão Segundo S. Mateus e o próprio Bach inventou      a Viola Pomposa com 5 cordas para a qual compôs uma das 6 suites hoje executada      no violoncelo. Gaspar Duiffopruggar, da Bavária, é considerado o primeiro      fabricante de violinos, por volta de 1500, de acordo com a atual concepção      que temos do instrumento. Em seguida surgiu, na Itália a Escola de Brescia,      fundada por Girolamo Virchi(1548) e Pellegrino da Montichiari(1560). Ao mesmo      tempo a construção de instrumentos de arco ia se transferindo para outra cidade      italiana, Cremona, com a família Amati(1545), culminando no gênio de Antonio      Stradivari("Stradivarius" em latim) que viveu da última metade do Século XVII      até os primeiros 40 anos do Século XVIII. Stradivarius e Guarnierius (Guarnieri      del Gesú) legaram ao mundo os violinos mais perfeitos, tanto do ponto de vista      acústico quanto no que se refere à beleza plástica. (formas, vernizes, decoração,      etc.) 
Os luthiers      
Para se fazer      um violino, são necessárias mais de setenta partes. Diversas madeiras são      utilizadas, depois de selecionadas cuidadosamente, levando-se em conta sua      resistência e capacidade de transmissão sonora. O abeto é escolhido para o      tampo porque é macio e responde bem às vibrações das cordas enquanto o fundo      é feito de bordo, madeira mais dura, que ajuda a preservar o violino do desgaste      pelo uso. Muitas partes da estrutura do violino são difíceis de serem feitas      e exigem um conhecimento profundo de artesãos que são conhecidos como luthiers.      Os melhores instrumentos ainda são feitos à mão, tomando-se muito cuidado      também com a beleza e o acabamento do produto. 
 
       
      Como funciona      
Os instrumentos      como o violino dependem da vibração das cordas para emitir som. As cordas      vibram quando o arco passa por elas, mas produzem muito pouco som, que só      fica suficientemente forte para ser ouvido quando as vibrações passam pelo      cavalete para o corpo oco, ou caixa de ressonância do instrumento. Os ouvidos      ou ff são os orifícios que ajudam as vibrações geradas no corpo do instrumento      a atingir o espaço externo e finalmente nossos ouvidos. 
O Arco
 O arco moderno      de violino é feito de muitos fios de crina de cavalo ajustados à extremidades      de uma peça de madeira longas e curva. As crinas são tencionadas para a execução      e afrouxadas quando o arco não está sendo usado. Afrouxar o arco ajuda a preservar      a flexibilidade da madeira do arco. O Arco para o Violino é como a respiração      para os cantores ou os instrumentistas de sopro. Seus movimentos e sua articulação      constituem a "dicção" dos sons e a articulação das células rítmicas e melódicas.      Todas as nuanças sonoras, colorido e dinâmica musical do Violino estão intimamente      ligadas à relação existente entre a condução do arco e a precisão dos movimentos      sincronizados da mão esquerda. O Arco é a "alma" do Violino. 
Instrumentos      mais poderosos
 Os fabricantes      de violino não queriam apenas fazer violinos que parecessem bonitos, mas que      também soassem bem. Era importante que o timbre fosse suficientemente forte      para manter-se. Para isso o cavalete do violino ficou mais alto e o ponto      ou espelho foi alongado. Assim, passaram a ser usadas cordas mais longas e      mais esticadas, produzindo assim um timbre mais forte. Os violinos Amati são      tocados ainda hoje, mas nem sua beleza nem a qualidade do som se equiparam      às dos instrumentos construídos por um outro italiano, que começou sua carreira      na oficina de Amati - Antonio Stradivari, conhecido como Stradivarius. 
Antonio Stradivari      (1644 - 1737)
 Stradivari fez      um violino mais comprido, reforçou o corpo e alargou os ff (aberturas de som),      enriquecendo assim o timbre. Deu a cada pequeno detalhe um toque de refinamento,      o que fez com que seu trabalho fosse reverenciado em toda a Europa. Stradivari      fez seus melhores instrumentos por volta de 1700 - 1724, seu período áureo.      Atualmente, ainda existem cerca de seiscentos violinos de sua autoria. Hoje      em dia, os Stradivarius são tocados pelos melhores violinistas do mundo. Freqüentemente      levam o mesmo nome de seus antigos donos - como o "Sarasate", batizado com      o nome do famoso violinista espanhol. 
Melhores cordas      de violino 
As primeiras      cordas de violino eram cordões especiais feitos de tripas de carneiro enroladas.      Embora isso fosse satisfatório para as duas cordas mais agudas, a tripa produzia      um som muito inferior quando usada para as mais graves. Depois de 1690, foi      descoberta uma nova técnica, que consistia em enrolar uma tripa comum com      um delicado fio metálico, o que resultou numa corda mais forte, com um som      muito mais estável. 
Como é tocado      o violino 
Numa orquestra      há mais violinos do que qualquer outro instrumento. A seção de cordas da orquestra      toca mais que as outras, e a maioria dos apreciadores de música declaram que      conseguem ouvir durante muito mais tempo o som dos instrumentos de cordas      do que outro qualquer. Por que isso acontece? Na verdade, o violino é um instrumento      maravilhosamente versátil. Soa bem em conjunto, combina bem com outros instrumentos      e pode ser tocado de diversas formas. Portanto, não é de surpreender o fato      de que os compositores, executantes e ouvintes sejam atraídos por ele.
Usando o arco
Segurar o arco apropriadamente é muito importante para uma boa execução. A mão direita controla a pressão das crinas do arco nas cordas, o que afeta o timbre do instrumento. O violinista precisa também manter pulso relaxado. Algumas técnicas usadas ao se tocar violino
Pizzicato
Os violinistas nem sempre usam o arco quando tocam - de vez em quando beliscam as cordas, o que é chamado de "pizzicato" (pronuncia-se pitzi-cato). Raramente o pizzicato se estende pela melodia inteira, mas no balé Sylvia o compositor francês Delibes escreveu um movimento inteiro em que todos os instrumentos de corda deixam de lado seus arcos para tocar a famosa Polka-Pizzicato. Quando lêem na partitura a palavra "arco", os executantes interrompem o pizzicato e voltam a usar o arco.
Tocando com surdina
Fixando-se um grampo de madeira sobre o cavalete do violino, reduz-se a força das vibrações que alcançam a caixa de ressonância. Isso funciona com uma surdina, ou abafador de som. Violinos em surdina soam muito distantes e delicados. Os compositores usam os termos italianos "con sordini" (com surdina) e "senza sordini" (sem surdina).
Sul ponticello
Expressão italiana que significa "na pontezinha". Em partitura para violino, indica que o violinista deve passar o arco próximo ao cavalete, o que origina um som de timbre agudo, de arranhudura.
Col legno
O excitante começo de "Marte, o Mensageiro da Guerra", da suíte de Holst Os Planetas, apresenta as cordas soando com um curioso efeito estalado. É o que se chama col legno - "com a madeira". O arco é seguro de lado, de tal maneira que cada nota tocada a madeira do arco bata na corda.
Vibrato
Uma das importantes técnicas de instrumentos de cordas. O dedo da mão esquerda que prende a corda oscila levemente, causando uma flutuação no tom e enriquecendo o som. O vibrato é usado sobretudo em notas longas. Alguns violinistas preferem não usá-lo quando tocam músicas muito antigas.
Corda dupla
"Corda dupla" significa tocar duas notas de uma só vez. Alguns compositores pedem acordes de três e até quatro notas, mas no violino não é possível tocar simultaneamente mais do que duas notas.
Harmônicos
São notas suaves, semelhantes às da flauta, produzidas pelo toque muito leve sobre a corda (sem pressionar a nota) e a delicada passagem do arco. São usadas com mais freqüência na música moderna.
Glissando
A palavra indica ao executante que deve escorregar o dedo sobre a corda, de uma nota a outra (o que permite que todos os sons interpostos sejam ouvidos). Os glissandos aparecem quase exclusivamente nas músicas do século XX.
Usando o arco
Segurar o arco apropriadamente é muito importante para uma boa execução. A mão direita controla a pressão das crinas do arco nas cordas, o que afeta o timbre do instrumento. O violinista precisa também manter pulso relaxado. Algumas técnicas usadas ao se tocar violino
Pizzicato
Os violinistas nem sempre usam o arco quando tocam - de vez em quando beliscam as cordas, o que é chamado de "pizzicato" (pronuncia-se pitzi-cato). Raramente o pizzicato se estende pela melodia inteira, mas no balé Sylvia o compositor francês Delibes escreveu um movimento inteiro em que todos os instrumentos de corda deixam de lado seus arcos para tocar a famosa Polka-Pizzicato. Quando lêem na partitura a palavra "arco", os executantes interrompem o pizzicato e voltam a usar o arco.
Tocando com surdina
Fixando-se um grampo de madeira sobre o cavalete do violino, reduz-se a força das vibrações que alcançam a caixa de ressonância. Isso funciona com uma surdina, ou abafador de som. Violinos em surdina soam muito distantes e delicados. Os compositores usam os termos italianos "con sordini" (com surdina) e "senza sordini" (sem surdina).
Sul ponticello
Expressão italiana que significa "na pontezinha". Em partitura para violino, indica que o violinista deve passar o arco próximo ao cavalete, o que origina um som de timbre agudo, de arranhudura.
Col legno
O excitante começo de "Marte, o Mensageiro da Guerra", da suíte de Holst Os Planetas, apresenta as cordas soando com um curioso efeito estalado. É o que se chama col legno - "com a madeira". O arco é seguro de lado, de tal maneira que cada nota tocada a madeira do arco bata na corda.
Vibrato
Uma das importantes técnicas de instrumentos de cordas. O dedo da mão esquerda que prende a corda oscila levemente, causando uma flutuação no tom e enriquecendo o som. O vibrato é usado sobretudo em notas longas. Alguns violinistas preferem não usá-lo quando tocam músicas muito antigas.
Corda dupla
"Corda dupla" significa tocar duas notas de uma só vez. Alguns compositores pedem acordes de três e até quatro notas, mas no violino não é possível tocar simultaneamente mais do que duas notas.
Harmônicos
São notas suaves, semelhantes às da flauta, produzidas pelo toque muito leve sobre a corda (sem pressionar a nota) e a delicada passagem do arco. São usadas com mais freqüência na música moderna.
Glissando
A palavra indica ao executante que deve escorregar o dedo sobre a corda, de uma nota a outra (o que permite que todos os sons interpostos sejam ouvidos). Os glissandos aparecem quase exclusivamente nas músicas do século XX.



 
 


 
 
 
 
 

 
 
 

 


 
 
 
 
 

1 comentários:
Awesome!
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