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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Conversando com um matemático

Damos início com esta postagem a um novo tópico que tem como objetivo trazer ao conhecimento público cientistas brasileiros e suas linhas de pesquisa. Além é claro de motivar e inspirar a vocês, caros leitores. E ninguém melhor para inaugurar este tópico, do que um matemático, já que esta é a mãe de todas as ciências.

Sem mais delongas apresentamos:

Alex Corrêa Abreu.
Jovem matemático, com apenas 24 anos possui mestrado e doutorado pelo IMPA (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada) e é professor na UFF (Universidade Federal Fluminense). Portador de uma notável habilidade em resolução de problemas, foi inúmeras vezes campeão de olimpíadas nacionais e internacionais de matemática. Para ser mais preciso, suas conquistas foram:

2006 Medalha de Ouro, Olimpíada Brasileira de Matemática.
2005 Grand First Prize, International Mathematics Competition for University Students.
2005 Medalha de Ouro, Olimpíada Brasileira de Matemática.
2004 Second Prize, International Mathematics Competition for University Students.
2004 Medalha de Ouro, Olimpíada Brasileira de Matemática.
2004 Medalha de Ouro, Olimpíada Iberoamericana de Matemática.
2003 Medalha de Bronze, Olimpíada Internacional de Matemática.
2003 Medalha de Ouro, Olimpíada Brasileira de Matemática.
2003 Medalha de Ouro, Olimpíada Iberoamericana de Matemática.
2002 Medalha de Bronze, Olimpíada Internacional de Matemática.
2002 Medalha de Ouro, Olimpíada de Matemática do Cone-Sul.
2002 Medalha de Prata, Olimpíada Brasileira de Matemática.
2001 Medalha de Prata, Olimpíada Internacional de Matemática.
2001 Medalha de Ouro, Olimpíada Brasileira de Matemática.
2000 Medalha de Ouro, Olimpíada Brasileira de Matemática.

Surpreendente, não?
No ano passado, a revista Veja publicou um artigo sobre ele e mais dois matemáticos. Recomendamos: Meninos Prodígios
E para quem se interessar, este é o currículo lattes dele: Alex Corrêa Abreu

Mas, vamos ao que interessa. Eu, Vitor (editor), tenho a honra de ser aluno deste notável jovem. Por isso, tive também o prazer desta prosa:

Como e quando despertou seu interesse pela matemática?

Meu interesse pela matemática começou aos 11/12 anos, quando estava
na sexta séria (atual sétimo ano). Começou de maneira natural,
estudando os livros textos do colégio.

O que é a matemática para o senhor?

Essencialmente, o objetivo de toda ciência é prever o futuro (ou
descobrir o passado). A matemática faz isso de um ponto de vista
abstrato, assume que você sabe exatamente todas as regras envolvidas.
Já as demais ciências se preocupam também em descobrir que regras são
essas.
Do ponto de vista pessoal, matemática é algo que eu gosto de fazer há
muito tempo, e por uma felicidade existem pessoas dispostas a me pagar
pra fazer isso, então se tornou meu trabalho também.

Como e quando o senhor descobriu seu talento para a matemática?

Sou um pouco avesso a palavra talento, não acredito que uma pessoa
tenha um talento inerente. Acho que resultados são um produto natural
de esforço, e eu estudei bastante desde muito cedo. Claro que para
conseguir estudar bastante é preciso gostar muito, ninguém consegue
gastar a maior parte do seu tempo fazendo algo que não ache agradável.
Como disse antes, eu descobri que gostava de matemática bastante
cedo e comecei a estudar a partir daí.

Sobre olimpíadas de matemática que o senhor participou. Quando começou a participar, por que começou a participar, como se preparava para elas?

Eu comecei a participar na sexta série, numa olimpíada do meu
colégio (colégio militar). Nas minhas primeiras olímpiadas não fui
muito bem, mas depois comecei a estudar.
Eu tinha um professor, que tinha feito olimpíada e que me ensinou
bastante coisa, e tinha também alguma bibliografia (como a revista
eureka, hoje é bem mais fácil de encontrar artigos sobre olímpiada na
internet). De resto era só fazer muitos problemas. Uma vez que eu fui
premiado na olimpíada brasileira existem programas de treinamento,
como a semana olímpica e os treinamentos para as olimpíadas internacionais.

Para quem quiser saber sobre sua linha de pesquisa:


Para saber mais:

terça-feira, 3 de maio de 2011

Implicações do mundo digital na Música

A música é a arte dos sons. Infinitos sons podem ser encontrados na natureza. Desde batidas de tambores a melodias de violino. E a ordenação lógica destes sons, é o que faz a música.


Estamos na era do digital. Mas, muitos não sabem o que significa o termo digital. Este termo refere-se a um novo sistema de discretização de valores. Ou seja, os sistemas digitais pegam valores enormes e tentam transformá-los em valores bem menores. Isso é feito para poder-se ter uma fácil reprodução e uma manipulação mais adequada destes valores. Um bom exemplo é um termômetro: Qual a diferença entre um termômetro de mercúrio e um digital? Se você olhar bem no termômetro de mercúrio, irá perceber que não existe um valor certo para uma temperatura. Nunca uma escala limitada vai chegar exatamente na temperatura real. O que o sistema digital faz, é discretizar esses valores em valores menores para termos uma noção da temperatura. Para ficar mais claro, imagine que a medição de um termômetro de mercúrio ficou entre 30 e 31 graus. Quantos valores existem entre 30 e 31? Infinitos: 30.01, 30.33223,. 30.987.. e assim vai. Enquanto no termômetro digital o que teremos? Temperaturas fixas 30, 31. Quanto mais discretização dos valores, mais informação o sistema digital irá perder. A vantagem de um sistema analógico (termômetro de mercúrio), é que ele consegue representar melhor o mundo real, mas, para reproduzir fielmente valores analógicos seriam necessários infinitos valores, e isso vai de contra nossa limitação de processamento. Já os sistemas digitais, discretizam esses valores para podermos manipularmos e entendermos o mundo a nossa volta, sem contar a exata  e fácil reprodução digital. Mas, o que isso tem haver com a música?