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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Descoberto instrumento 'mais antigo do mundo'




Arqueólogos na Alemanha afirmam ter encontrado instrumento musical mais antigo do mundo. Uma flauta entalhada no osso da asa de uma águia.A descoberta revela que o homem da idade da pedra, famoso por suas habilidades de caça, também gostava de música.
“É o instrumento musical mais antigo de que temos notícia no mundo inteiro. Tem aproximadamente 40 mil anos, é da época em que os primeiros humanos chegaram à Europa,” diz o arqueólogo Nicholas Conrad.
O instrumento foi encontrado dentro de uma caverna, no sul da Alemanha, junto com fragmentos de três flautas de marfim.
A flauta será exibida em um museu na cidade de Stuttgart, no outono europeu.

CERN prepara computadores para esmagar mais átomos


Quando o Grande Colisor de Hádrons voltar a funcionar, dentro de alguns dias, os sistemas de TI do Cern terão de ser flexíveis para processar a torrente de informações
por Larry Greenemeier
Cortesia Cern
LHC tem vários detectores de partículas, incluindo o Solenóide Compacto de Múons (foto), que capturam os dados produzidos durante as colisões
Um dilúvio de informações da Física de altas energias deve chegar aos servidores de Genebra, na Suíça, possivelmente nos próximos dias. Isso porque a Organização Européia de Pesquisa Nuclear (Cern) porá em funcionamento seu Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) para operar por até dois anos a uma energia de colisão de sete TeV (tera-elétron volts, 3,5 TeV por feixe). Enquanto o CERN reforça o acelerador de partículas mais poderoso do mundo para que opere muito além de seu melhor desempenho anterior, os sistemas de computador do laboratório também devem ser ajustados para que possam capturar e analisar adequadamente toda esse novo maná de informação.

Em vez de adicionar um pelotão de novos computadores, e possivelmente extrapolar a infraestrutura de tecnologia de informação e sua capacidade de energia e resfriamento, o CERN está testando um ambiente de servidores virtuais que, espera-se, esteja funcionando até o fim do ano. A virtualização de servidores, que envolve a utilização de softwares para segmentar a capacidade de armazenagem e processamento de uma máquina, tornou-se uma técnica popular nos últimos anos para fazer melhor uso de máquinas subutilizadas e aumentar a eficiência em centros de dados.

O CERN planeja dividir seus 4 mil servidores (que usam cerca de 32.500 processadores) em cerca de 35 mil servidores virtuais até o fim do ano e administrar o fluxo restante com a ajuda de um software elaborado pela Platform Computing Corp., de Markham, Ontário. Durante os próximos dois ou três anos, o laboratório poderá dividir seus servidores em até 80 mil máquinas virtuais.

Simplesmente adicionar mais máquinas aos centros de dados do CERN não era uma opção. “Somos limitados pela quantidade de energia e resfriamento disponíveis”, afirma Tony Cass, líder do grupo de Infraestrutura e Operações do CERN. “Queremos extrair até a última gota dos recursos que temos para usar em Física. Mesmo uma capacidade 10% maior significa muito mais rumo ao aperfeiçoamento dessa ciência.”

Além do próprio acelerador, o LHC tem vários detectores de partículas – incluindo o Atlas e o CMS – que capturam os dados produzidos durante as colisões. “Para produzir resultados físicos, primeiro os cientistas do Cern têm de transformar os 1s e 0s [referência aos códigos binários de computadores] produzidos pelos detectores em imagens significativas, que mostrem os rastros das diferentes partículas quânticas produzidas nas colisões”, informa Cass. “Então precisam analisar essas imagens para compreender o que significam.”

A captura e análise por parte dos detectores requer um poder computacional imenso, mas nem sempre em quantidades iguais. Às vezes é necessário processar inúmeras operações de cálculo para criar as imagens, outras vezes isso é necessário para analisá-las. Para alocar e realocar recursos de processamento, Cass e sua equipe têm de determinar quantos servidores seriam necessários para realizar uma determinada tarefa – de análise, por exemplo. Se descobrirem que mais recursos computacionais são necessários em outro local, devem parar o trabalho de processamento de lote que está sendo feito nos servidores, reconfigurá-los e reiniciá-los. No entanto, os servidores virtuais podem ser alocados e realocados dinamicamente usando o software da Platform Computing, sem a necessidade de interromper um processamento já em progresso.

O LHC, ligado pela primeira vez em setembro de 2008, foi projetado para acelerar prótons às energias mais altas já geradas por uma máquina, fazendo-os colidir de frente 30 milhões de vezes por segundo, com cada colisão gerando milhares de partículas quase à velocidade da luz. Se for bem sucedido, o LHC poderá ajudar os físicos a responder perguntas sobre a composição subatômica da massa e energia do Universo.

Infelizmente, o primeiro funcionamento do LHC durou pouco mais de uma semana antes de ele ter de ser desligado por um problema com dois magnetos supercondutores. O dispositivo foi religado brevemente em novembro para conduzir uns poucos experimentos, mas esteve desligado desde dezembro, enquanto o Cern atualiza o equipamento. Mais de 10 mil pesquisadores em 85 países planejam usar o mais poderoso acelerador de partículas do mundo para testar as diferentes previsões que dizem respeito à Física de altas energias.

Quando o LHC voltar a funcionar, espera-se que continue operando sem parar até o meio ou fim de 2011, o maior período de funcionamento de um acelerador na história do Cern, fundado em 1954. “Os computadores dedicados ao LHC, que executam por volta de 120 mil tarefas de computação por dia, precisarão rodar em sua eficiência máxima para assegurar que a enchente de dados dos detectores possa ser rapidamente convertida em resultados físicos”, diz Cass. Uma tarefa, nesse contexto, é um pedido para processar uma certa quantidade de dados – transformar a informação produzida por um detector em um dado período de tempo em imagens, por exemplo, ou examinar um grande número dessas imagens para analisá-las.

A pressão sobre as equipes de computação vai aumentar assim que os dados de verdade chegarem e os físicos começarem a competir para produzir artigos para periódicos e conferências, especialmente se houver qualquer indício de descoberta”, lembra Cass. “É um momento crítico para os detectores do LHC”.
Todos os direitos reservados a Scientific American Brasil.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Saiba como se faz a datação arqueológica pelo Carbono 14.


Quando um ser vivo morre, deixa de absorver Carbono 14, um tipo de Carbono radioativo. Medindo sua radiação, cientistas ficam sabendo a data de sua morte e assim há quanto tempo essa vida existiu. A base para a datação através do Carbono 14 é essa. A morte é que revela o tempo de uma Vida na Arqueologia.  
O Carbono não é o elemento mais abundante da Terra, mas o que esteve ou está Vivo tem Carbono. Há uma química só para estudá-lo, a Química Orgânica. Existem cerca de 10 milhões de compostos de Carbono e a maioria é essencial para a vida. O Carbono ao natural é encontrado em três formas ou variedades alotrópicas: carvão(amorfa), grafite e diamante, o mineral mais duro do planeta. Descobriu-se que 98,9 % dos átomos do Carbono possuem seis prótons e seis nêutrons, sendo assim classificado como Carbono 12. Mas há outro isótopo do Carbono muito raro, radioativo e instável: é o Carbono 14, com 6 prótons e 8 nêutrons no seu núcleo. Somente um, em milhões de átomos de carbono, é do tipo Carbono 14. Ele é incorporado às células e tecidos de todas as plantas e animais na respiração e alimentação de compostos de Carbono (carboidratos).
Em 1952, o cientista norte-americano Willard Libby publicou uma descoberta chamada Datação pelo Radiocarbono. Em 1960 ele ganhou o Prêmio Nobel de Química por isso. Libby descobriu que através da contagem dos átomos do C14 ainda presente em plantas, carvões, ossos, conchas e fósseis, seria possível calcular a idade dos materiais coletados em sítios arqueológicos. Estava criada a datação pelo Carbono 14.
O Carbono 14 não existe ao natural na Natureza. Ele é produzido em alta altitude quando o Nitrogênio é bombardeado pelos raios cósmicos vindos do espaço. Por ser radioativo e instável, o Carbono 14 um dia volta a ser Nitrogênio. O tempo em que isso acontece é constante e independe do ambiente. Medições radioativas precisas revelam que depois de 5.730 anos o Carbono 14 perde metade de seus átomos. Esse tempo é chamado de meia-vida do Carbono 14 e serve como relógio marcador do tempo para a arqueologia.
O Carbono 14 faz entra na composição química dos seres vivos através das plantas pelo CO2 (dióxido de Carbono) absorvido na fotossíntese. Animais que se alimentam de plantas (herbívoros/vegetarianos) ou animais comedores de animais (carnívoros) também incorporam C14 diariamente.
O Carbono é o elemento básico da Vida. Mas, na arqueologia, ele é a informação viva após a morte. Isso acontece porque com a morte de um animal ou planta, cessam a absorção de novos átomos de C 14 radioativos. Quando a Vida termina, então começa a contagem regressiva da radioatividade do Carbono 14 presente. Sem a reposição natural de mais Carbono radioativo pelo metabolismo, a datação é um relógio atômico que começa a contar o tempo em que a Vida terminou, quer dizer, a existência de uma Vida para a arqueologia é contada a partir da sua morte.
O método de datação pelo Carbono 14 é muito seguro. Mas tem restrições. Funciona bem em datações que estejam entre 50 mil ou 70 mil anos. Motivo: passados 50 mil anos da morte de uma espécie ou de uma substância orgânica associada a ela, a radioatividade de Carbono 14 que resta é muito baixa e torna-se difícil medi-la. Feita a medição da radioatividade, a datação é uma resposta direta. Por exemplo: um achado arqueológico em que o C14 tenha completado dez ciclos de sua meia-vida (10 x 5.730 anos) significa que existiu há 57 mil e 300 anos. É assim que se faz a datação com os achados arqueológicos da Serra da Capivara e de qualquer lugar do mundo. Laboratórios ingleses, americanos e franceses são os mais respeitados nessa área. São eles que confirmam as datações da maioria dos achados arqueológicos.

DESAFIO RESOLVIDO!

kleber kilhian, nosso parceiro e dono do blog Baricentro da Mente, resolveu o nosso desafio!

 

Parabéns!

Segue a resolução dele. (Destaque para a organização e clareza do raciocínio.)

 Em breve novo desafio!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Como os maias sabiam tanto sobre astronomia?

Eles conheciam mais do que os europeis na época. Como é que chegaram lá?

Por Tiago Cordeiro

Enquanto estiveram no auge, entre os anos 200 e 900, os maias, que habitaram a América Central, foram uma das civilizações mais cabeças do planeta. Seus conhecimentos matemáticos e de astronomia estavam não apenas à frente de todos os outros povos vizinhos, mas também dos chineses e dos europeus.

Eles eram craques da matemática e foram os únicos, em todas as Américas pré-descobrimento, que desenvolveram um sistema completo de escrita. No ano 325, eles já dominavam o conceito de zero, coisa que os europeus só descobriram e começaram a usar cerca de 700 anos depois.

Eles também eram excelentes observadores do céu. Em várias cidades maias, como Palenque, Sayil e Chichén Itzá, os centros astronômicos ocupavam áreas centrais. O Caracol, de Chichén Itzá (à direita), foi construído por volta do ano 1050, tinha 22,5 metros de altura e era dedicado ao deus da chuva, Chaac.

Cruzando a matemática com a observação, os maias conseguiram conhecer, com uma precisão espantosa, a duração dos ciclos lunar, solar e do planeta Vênus. Eles calcularam que Vênus passa pela Terra a cada 583,935 dias – algo espantosamente próximo do número considerado correto hoje, que fica entre 583,920 e 583,940. Também definiram que o ciclo lunar dura 29,53086 dias (atualmente os astrônomos falam em 29,54059).

Os maias registraram que o Sol completa seu ciclo em 365,2420 dias, enquanto que na atualidade esse número está definido em 365,2422. Com base nesses conhecimentos, eles criaram um conjunto de calendários complexos e interligados que, juntos, formavam um dos sistemas de contagem do tempo mais precisos de sua época.

Hoje sabemos que os maias estavam certos em seus cálculos. Mas como foi possível que eles avançassem tanto sem usar nenhum tipo de lente?

Entre os europeus, a astronomia só começou a avançar mais rápido lá pelo século 17, quando Galileu Galilei se apropriou da invenção do telescópio, registrada pelo fabricantes de lentes holandês Hans Lippershey, para olhar para o espaço. É difícil saber como os maias chegaram a essas conclusões porque, enquanto Galileu localizava manchas no Sol e identificava o planeta Júpiter, os espanhóis se empenhavam em destruir a civilização maia.

Como os maias não tinham um reino unificado, foi um processo lento, em que cada cidade-Estado caiu sozinha. A última, Tayasal, foi derrotada em 1697. Todas elas foram saqueadas e tiveram bibliotecas e templos queimados. “Não conhecemos as pesquisas deles em detalhes, porque os espanhóis destruíram tudo o que encontraram pela frente. É certo que o que sobrou é apenas um resíduo do conhecimento que eles tinham construído”, diz o antropólogo americano Marcello Canuto, professor da Universidade Yale, nos EUA.

Poucos documentos resistiram. O mais importante deles é o Código Dresden, um manuscrito que reúne praticamente tudo o que sabemos sobre os conhecimentos matemáticos e astronômicos deles. Nesse texto de 39 folhas, escritas dos dois lados, encontram-se não só a descrição de rituais religiosos mas também os cálculos para a previsão de eclipses e as conclusões a respeito do ciclo de Vênus – que funcionava como uma referência para a data das colheitas e para a escolha
da época mais favorável para guerrear.


Curosidade: Calendários marcavam datas de festas e sacrifícios

Os maias tinham uma maneira curiosa de registrar o tempo. Mais do que simplesmente contar os dias, seus calendários tinham a função de identificar as datas propícias para cada atividade. Os pesquisadores sabem que, a partir de combinações matemáticas, eles faziam uma espécie de prognóstico astrológico para prever o que iria acontecer numa determinada data. Dependendo dessa previsão, o dia podia ser reservado para o trabalho na colheita ou para rituais religiosos, quase sempre acompanhados de sacrifícios aos seus deuses.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Desafio - Envolvendo Geometria

Sejam dois círculos de raios R e r tangentes no ponto A, e ambas tangente ao quadrado, conforme a figura abaixo. Se o lado do quadrado mede 1 cm, então r é igual a:


Boa Sorte!

Envie a resolução para: clavedepi@gmail.com.
Quem conseguir resolver primeiro terá a sua foto exposta aqui no blog!

NOTA OFICIAL - DESAFIO

Nosso blog possui um desafio. E devido ao longo tempo que este desafio está no ar, e sem a resolução correta, decidimos substituí-lo.

Agradecemos a todos que tentaram fazê-lo!

Em breve estaremos postando o novo desafio.

Abaixo segue a resolução do desafio atual:

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ranking das 20 maiores Invenções dos últimos 30 anos.

Oito acadêmicos da escola de negócios Wharton School, da Universidade da Pensilvânia, fizeram uma lista com as 20 melhores invenções dos últimos 30 anos. Segundo o jornal “New York Times”, a pesquisa foi patrocinada pela publicação Knowledge@Wharton, da própria universidade, e pelo programa “Nightly Business Report”, da PBS.

1 – Internet banda larga
2 – Computadores pessoais e laptops
3 – Telefones celulares
4 – E-mail
5 – Teste e sequenciamento de DNA
6 – Ressonância magnética
7 – Microprocessadores
8 – Fibra óptica
9 – Software para escritório
10 – Cirurgia a laser/robótica
11 – Software de código aberto
12 – Diodos de emissão de luz
13 – Tela de cristal líquido
14 – Aparelhos GPS
15 – Comércio eletrônico e leilões on-line
16 – Compressão de arquivos
17 – Microfinança
18 – Energia solar fotovoltaica
19 – Turbinas de vento de grande escala
20 – Redes sociais na internet

Quais delas você acha que foi a melhor? Comente!

Impacto da tecnologia na música é radical, diz estudo

Projeto brasileiro aponta que computador modificou a música de forma profunda.
Transformação também é vista na composição, pois máquina facilita análise de som.

Um projeto realizado por pesquisadores brasileiros indica que o computador modificou a música de forma profunda e definitiva. “Seja como ferramenta para composição, para tratamento de material sonoro, para aprimoramento de técnicas instrumentais tradicionais ou simplesmente como instrumento musical”, diz o estudo, publicado nesta semana pela agência Fapesp.

A presença da máquina, continua, provocou uma alteração radical na concepção da música acústica, escrita em partitura. Isso porque o computador agiliza cálculos e também facilita a análise de sons, de acordo com o projeto “O espaço de composição e performance musical: computador e ambiente acústico”, coordenado pelo professor e compositor Silvio Ferraz Mello Filho, do Departamento de Música da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Com a máquina, é possível fazer a análise do som de um sino, isolar suas componentes e brincar de refazer esse som com uma orquestra sinfônica ou com um quarteto de cordas, por exemplo. Segundo o especialista, esse tipo de possibilidade fez com que as novas tecnologias tivessem implicações muito grandes no modo contemporâneo de compor.

O professor afirmou que, desde o final da década de 60, existe a previsão de que o computador se tornaria uma ferramenta de grande utilidade para os músicos. “Observando o desenvolvimento da música eletroacústica e eletrônica, depois da popularização do computador, verificamos que ele se tornou um instrumento quase que obrigatório. E não se trata apenas de fazer partituras no computador: o músico trabalha de fato com linguagem de programação”, disse à agência Fapesp.

O projeto de pesquisa envolveu diversas instituições do país e gerou mais de 20 teses, dissertações e trabalhos de iniciação científica, além de publicações, concertos, palestras, workshops e interação internacional. Ele foi concebido para atualizar os estudantes da Unicamp sobre novos softwares de performance musical. Uma das ferramentas utilizadas durante seu desenvolvimento foi o software Max/MSP, que permite a transformação de sons em tempo real.
 

Mesa interativa promete facilitar a produção musical



O Noteput é uma mesa musical interativa com notas tangíveis, que combina três sentidos – audição, visão e tato – para tornar o estudo de notação musical mais fácil e atraente para crianças e alunos de todas as idades.


Foto: Reprodução

O Noteput é uma mesa musical interativa que combina três sentidos – audição, visão e tato. (Foto: Reprodução)

Desenvolvida pela dupla Jürgen Graef e Jonas Heuer, a mesa funciona como uma partitura em branco, na qual o usuário pode criar – e tocar – a música que quiser. Para isso, basta selecionar as notas e posicioná-las na mesa para que, em seguida, o respectivo som seja reproduzido pelo equipamento.


Foto: Reprodução

Noteput funciona como uma partitura em branco, e usuário cria músicas a partir das notas colocadas sobre a mesa interativa. (Foto: Reprodução)

Um vídeo publicado pelos criadores da ferramenta mostra o Noteput em funcionamento.


Equipamento foi desenvolvido pela dupla Jürgen Graef e Jonas Heuer. (Foto: Reprodução)

Provas do IME resolvidas (2009)

Disponibilizamos para download as provas do IME (Instituto Militar de Engenharia), um dos vestibulares mais difíceis do Brasil. A prova é do ano de 2009, e a resolução foi feita pelo Elite-Pré Vestibular.

Prova Objetiva - Download

Matemática - Download

Física - Download

Química - Download

Português e Inglês - Download

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O adiamento da exploração espacial

por Ulisses Capozzoli

            Com a avalanche de más notícias nas últimas semanas, incluindo chuvas destruidoras em boa parte do país, e sinais de recrudescimento da crise econômica, especialmente entre recém chegados à União Européia, momentaneamente se perde uma visão mais global dos acontecimentos.
            Na vida apressada do cotidiano, cada um se restringe a resolver problemas mais imediatos. E só com questões dessa natureza minimamente encaminhadas é possível retomar considerações mais amplas, indispensáveis e com impactos na vida de cada um, ainda que sem sempre seja possível se dar conta disso num primeiro momento.
            Nos Estados Unidos, como parte do rearranjo econômico, o presidente Barack Obama optou por um corte de verbas no programa de exploração espacial o que significa, entre outras coisas, um adiamento do projeto de retorno à Lua.
            É possível que uma parcela razoável da opinião pública internacional concorde que investir na exploração do espaço neste momento não é, por muitas razões, uma iniciativa prioritária.
            O fato, no entanto, é que, prioritária ou não, neste momento, o corte de verbas nesta área de muitas maneiras afeta o presente e o futuro e isto em escala global.
            A história tem sua própria e surpreendente dinâmica intrínseca. O corte de verbas para a agência espacial americana pode, entre outros efeitos, permitir que o apetite da China, e em menor escala da Índia, seja ampliado neste segmento científico/industrial.
            Mesmo internamente, no caso dos Estados Unidos, iniciativas privadas podem suprir, ao menos em parte, o que antes era tocado com verba governamental.
            Mas há, de muitas maneiras, a possibilidade de que o balde de água fria de Obama nas iniciativas americanas no espaço impactem negativamente avanços que, de muitas maneiras, são fundamentais neste estágio da civilização humana.
            Questões ambientais, por exemplo, só podem ser adequadamente desvendas e eventualmente encaminhadas a partir de uma visão conjunta de como evoluíram outros planetas do Sistema Solar, especialmente Marte e Vênus, chamados planetas telúricos e por isso mesmo primos próximos da Terra.
            A compreensão do ciclo de nascimento e evolução das estrelas, o que demanda a utilização de astronáutica e ciência de detecção de ponta, acena com a conquista de uma nova era quanto à oferta de energia, compreensão da natureza da matéria (não mais que 6% da matéria do Universo seria a chamada matéria convencional que, entre outras características, interage com a luz).
            Um processo de ocupação da Lua, eventualmente para a segunda metade deste século, quando também teria início o embrião do povoamento de Marte para muitos pode soar como pura ficção científica.
            A questão, no entanto, é que para qualquer direção em que se possa olhar neste momento, quase tudo sugere ser fruto da ficção. Ao menos para o que parecia ficção há duas ou, no máximo, três décadas atrás.
            Mesmo um país como o Brasil, e nisto não se enganem os formuladores de lógica fácil, não pode nem deve abrir mão de um promissor projeto espacial. Por muitas e versas razões, tanto em retornos diretos quanto indiretos.
            De agricultores a turistas em férias, passando por encarregados de obras de infraestrutura, todos desejam receber uma previsão confiável quanto às condições de tempo: se vai chover, fazer sol e quanto tempo cada uma dessas situações pode durar.
            Mas isso depende de plataformas espaciais, os satélites de observação da Terra, entre outras conexões impensáveis para a maior parte desses consumidores.
            Verdade que, neste momento, poucos previsores se arrisquem a dizer o que deve ocorrer no futuro imediato, algo como semestre seguinte ou mesmo até o fim do ano.
            A única coisa com que não se deve perder tempo é com previsões catastrofistas como o fim do mundo em 2012, tema escandalosamente explorado em filmes de péssima qualidade, mas que podem render lucros a exploradores inescrupulosos.
            A retração da exploração espacial, no entanto, se nada compensar o retrocesso que deve ocorrer no programa americano, significa, no mínimo, uma preciosa perda de tempo quanto a conquistas que, num determinado momento, poderiam revelar-se como de importância vital.
            Até mesmo para a sobrevivência da humanidade, embora isto também possa soar como pura ficção científica.

Todos os direitos reservados a Scientific American Brasil.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Explore o espaço no PC com o WorldWide Telescope

O WorldWide Telescope reúne milhares de imagens do céu. Para quem gosta de astronomia, o programa cumpre o que promete: transformar-se em um telescópio virtual. Fácil de usar, traz coleções de objetos celestes, que podem ser acessadas com poucos cliques.
O usuário também para definir o local onde está e ver o céu naquele exato momento, com todas as constelações. Viu uma mancha perto de alguma estrela? é só usar a rodinha do mouse para dar zoom e conferir se se trata de uma galáxia ou de uma nebulosa, por exemplo.
Na base de dados do WorldWide Telescope estão fotos tiradas pelos telescópios orbitais Hubble, Spitzer e Chandra, além de registros feitos por observatórios terrestres. O aplicativo ainda não tem versão em português.

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Recriadas temperaturas do Big Bang

The CMS home page (at CMS Media/[http://cmsinfo.cern.ch/outreach/CMSmedia/CMSphotos.html Photos]/EventD)
Recriadas temperaturas do Big Bang
WASHINGTON – Cientistas criaram a mais alta temperatura já feita em laboratório: quatro trilhões de graus Celsius.
Quente o suficiente para quebrar a matéria no tipo de sopa que existiu microssegundos após o nascimento do universo.
Eles usaram um colisor de partículas no Laboratório Nacional Brookhaven, do Departamento de Defesa, em Nova York, para derrubar íons de ouro e fazer explosões ultra-quentes – que duraram apenas milissegundos.
Mas isso foi suficiente para dar dados para os físicos estudarem por anos e, em algum tempo, essas informações devem ajudar  a compreender como e porque o universo se formou.
"A temperatura é quente o bastante para derreter prótons e nêutrons”, disse Steven Vigdor, do Brookhaven, na conferência da American Physical Society, em Washington, hoje.
Essas partículas fazem átomos, mas elas mesmas são constituídas de componentes menores chamados quarks e gluons.
O que os físicos procuram são pequenas irregularidades que podem explicar porque a matéria se aglomerou fora da sopa inicial.
Eles também esperam usar as descobertas para aplicações mais práticas, como no campo da "spintronica", que busca fazer dispositivos de computadores menores, mais rápidos e mais poderosos.
Eles usaram o Relativistic Heavy Ion Collider (RHIC), um acelerador de partículas e colisor que tem 3,8 km de extensão e está enterrado três metros abaixo da superfície em Upton, Nova York, para colidir bilhões de vezes íons de ouro.
"O RHIC foi feito para criar material a temperaturas encontradas no início do universo" disse Vigdor. Os cientistas calculam que quatro trilhões de graus é um número bem próximo.
"Quão quente é isto?" ele perguntou.
Para efeito de comparação: “A temperatura estimada de derretimento de prótons e nêutrons é de dois trilhões de graus. A temperatura no centro de uma supernova tipo 2 típica é de dois bilhões de graus”, disse ele.
O centro do nosso Sol tem 50 milhões de graus Celsius, o ferro derrete a 1.800 graus e a temperatura media do Universo é agora 0,7 graus acima do zero absoluto.
A equipe de Vigdor acredita que eles estejam olhando para a recriação do momento anterior àquele em que a sopa de quark-gluon condensou em hádrons – as partículas de matéria que constituem grande parte do universo.
Alguma coisa aconteceu milissegundos após o Big Bang para criar um desbalanceamento a favor da matéria e em detrimento da anti matéria. Se não houvesse essa disparidade, matéria e anti matéria teriam simplesmente reagido para criar um universo de pura energia.
Ainda este ano, físicos usando o Large Hadron Collider, na Suíça, esperam conseguir colidir íons de chumbo para criar temperaturas ainda mais altas, que devem corresponder a momentos anteriores ao nascimento do universo.
O Brookhaven também patenteou algum uso potencialmente comercial da pesquisa, diz o teórico Dmitri Kharzeev.
"O objetivo aqui é criar um aparelho que pode operar não só na corrente de uma carga elétrica, como também na corrente de um giro," disse Kharzeev.
Quarks giram em diferentes direções, e entender como e porque eles fazem isso pode ajudar cientistas a aproveitar sua energia.
Pode ser possível recriar um giro simétrico em grafeno, por exemplo, disse Kharzeev. Grafeno também é um nano-material que os cientistas acreditam poder substituir o silício em aparelhos super rápidos e minúsculos.
"Estamos pensando nas aplicações práticas também”, disse Kharzeev.

Fonte: InfoAbril.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A matemática da Rotação dos cubos

Há duas transformações importantes nesta imagem: rotações e projeções. A idéia de sombra representa-se matematicamente por projeção, que pode ser de duas formas. A primeira é a projeção ortográfica, que corresponde a uma fonte luminosa infinitamente distante. Neste caso a sombra é do tamanho do objecto projetado, independentemente da distância deste à sua sombra. (Esta maneira de projetar está descrita com mais detalhe em Cubos às Fatias - ver nosso post).

A segunda é a projeção estereográfica. Esta corresponde a ter a fonte luminosa a uma distância finita da superfície onde as sombras se formam. Neste caso as sombras dos objetos mais próximos da luz têm sombras maiores do que os que estão mais afastados. Podemos fazer a experiência numa sala escura com uma lâmpada, para ver bem como isto funciona. Matematicamente, a projeção estereográfica a partir do ponto (0,0,0,d) do espaço tetradimensional sobre o hiperplano xyz (isto é, o espaço a três dimensões) é dada pela aplicação 

$$p_d: \mathbb{R}^4 \mapsto \mathbb{R}^3$$
e

$$p_d(x,y,z,w) = \frac{d}{d-w}(x,y,z)$$

para todos os pontos onde $$w\ne d$$.

No nosso caso, o objeto projetado é o hipercubo de vértices (±1,±1,±1,±1) e o centro de projeção é o ponto que tem d = 4. Mas o nosso cubo é rodado antes de ser projectado. Uma rotação representa-se por multiplicação por uma matriz, por exemplo, para rodar no espaço tetradimensional de forma a que o eixo dos xx se aproxime do eixo dos ww um ângulo $$\theta$$ podemos usar a função:

$$R_\theta (x,y,z,w) = \begin{pmatrix}\cos\theta & 0& 0& -\sin\theta\\ 0&1&1&0\\ 0&1&1&0\\ \sin\theta & 0& 0&\cos \theta\end{pmatrix} \begin{pmatrix}x\\y\\z\\w\end{pmatrix}.$$
Movendo os vértices do hipercubo através desta rotação seguindo-se a projeção obtemos a posição no espaço tridimensional da sombra do hipercubo.
Para determinar as arestas dos hipercubo, começamos por formar as arestas de um cubo comum tridimensional, depois juntamos uma quarta coordenada, -1. Formamos um segundo cubo e nova quarta coordenada, neste caso 1. (Estes são os cubos amarelo e laranja). Finalmente ligamos os vértices correspondentes nestes dois cubos por intermédio de arestas. Temos então o esqueleto do hipercubo que se pode ver na imagem.

Fonte: Para Além da Terceira Dimensão. - por Thomas F. Banchoff e Davide P. Cervone

A Matemática dos Cubos às Fatias

Um método importante para compreender um objecto tridimensional é cortá-lo por uma série de planos paralelos, e observar as fatias bidimensionais assim criadas. Por exemplo, num exame TAC o médico obtém uma série de imagens a duas dimensões dum corpo humano, a partir das quais vai reconstruir uma imagem tridimensional.
Podemos empregar uma estratégia semelhante na tentativa de compreender melhor um objecto tetradimensional. Podemos cortá-lo segundo fatias produzidas por hiperplanos tridimensionais paralelos, observar as fatias produzidas e tentar reconstruir o objecto tetradimensional que as originou.
Para isso, olhamos atentamente para o processo que nos permite compreender um objecto tridimensional simples, como um cubo. Claro que um cubo pode ser seccionado de várias maneiras (ver os filmes das fatias de um cubo), mas a mais interessante é quando o plano que define a fatia é ortogonal à maior diagonal do cubo. Isto é, começamos num vértice, cortamos sucessivamente o cubo até atingirmos o vértice oposto.
No princípio as fatias são triângulos equiláteros (um vértice por cada aresta seccionada e uma aresta por cada face). Conforme vamos cortando mais, estes triângulos vão crescendo, até que a fatia atinge os três vértices adjacentes ao inicial. Os cortes seguintes apresentam a forma de triângulos truncados até que, a meio caminho, se apresentam como hexágonos regulares. Neste momento todas as faces do cubo estão a ser seccionadas da mesma forma. Continuando vamos encontrar as mesmas formas, por ordem inversa, três lados do hexágono crescem enquanto os outros diminuem, até que atingem três vértices, e temos triângulos de novo. Os triângulos encolhem até atingirmos o vértice oposto ao inicial.
Esta sucessão de fatias é ilustrada em Cubos às Fatias pelas imagens planas sob os objectos tridimensionais. Podemos ver o triângulo máximo quando o plano corta o primeiro conjunto de três vértices, o triângulo truncado, e, no centro, o hexágono regular. Esta sequência inverte-se quando continuamos para a direita. O cubo em si é representado pelas linhas azuis escuras. Estas formam uma vista do cubo correspondente a ter a fonte luminosa directamente sobre um vértice do cubo (para mais pormenores ver os filmes das projecções ortográficas do cubo).
Tendo compreendido as fatias de um cubo, podemos tentar usar essa compreensão na tentativa de visualização do hipercubo baseada nas suas fatias tridimensionais, que são produzidas por hiperplanos ortogonais à sua diagonal maior. Nesta situação, a primeira fatia corta um vértice.Como há quatro arestas incidentes em cada vértice, o hiperplano intersecta cada uma delas gerando-se assim quatro vértices na fatia. Há quatro faces cúbicas que se encontram no vértice que está ser cortado, portanto cada um deles é também cortado pelo hiperplano. De cada um destes cubos está a ser tirado um vértice, portanto o corte forma um triângulo em cada um dos cubos, exactamente como vimos acima. Cada cubo contribui então com um triângulo para o corte do hipercubo, portanto a fatia tem de ser um tetraedro imerso no hiperplano em questão, um sólido regular já contemplado por Platão.
À medida que avançamos a cortar o hipercubo, este tetraedro cresce até atingir os quatro vértices adjacentes ao que está a ser destacado pelo corte. Esta situação está ilustrada à esquerda. Passando estes quatro vértices, os cantos do tetraedro começam a ser truncados, exactamente como o triângulo era truncado nos corte do cubo. De facto, neste ponto, as quatro faces cúbicas estão a ser seccionadas da mesma forma, atingindo todas as intersecções a certo momento a forma hexagonal. Os outros quatro cubos do hipercubo começam agora a ser cortados, e cada um perde assim um vértice, gerando intersecções triangulares. Juntos, os quatro hexágonos e os quatro triângulos formam uma figura semi-regular que se chama tetraedro truncado, um sólido arquimedeano, e que pode ser visto no segundo corte.
Passando este ponto os hexágonos transformam-se de triângulos truncados de novo, e os outros triângulos crescem. Quando se atingir outro conjunto de vértices, os triângulos truncados tornam-se triângulos. Neste momento todos os oito cubos do hipercubo estão a ser seccionados, contribuindo cada um com um triângulo para o corte, gerando-se um octaedro, outro sólido platónico, que é a nossa imagem central. Este poliedro regular tem por vértices seis dos vértices do hipercubo.
Quando continuamos esta sequência inverte-se. Passando estes seis vértices, quatro das faces do octaedro tornam-se hexágonos, mas trata-se das faces opostas às anteriores. Vemos de novo o tetraedro truncado (o quarto corte na figura). Quando o hiperplano passa mais quatro dos vértices do hipercubo temos de volta o tetraedro (imagem à direita). A partir daqui vemos o tetraedro encolher até desaparecer no vértice oposto ao do início dos cortes. Na projecção do hipercubo que usamos, tanto o vértice inicial como o final se encontram no centro da figura; ver os filmes das fatias de um hipercubo para uma descrição mais completa desta e doutras sequências.

Fonte: Para Além da Terceira Dimensão. - por Thomas F. Banchoff e Davide P. Cervone

Câncer traz riscos à vida selvagem

Evidências mostram que casos da doença em animais selvagens vêm crescendo


por Lynne Peeples

Muitas pessoas provavelmente não se dão conta da semelhança entre animais e humanos, que eles são afetados pelos mesmos processos”, explica Denise McAloose, a patologista-chefe da Sociedade e principal autora do artigo publicado na Nature Reviews Cancer. “Temos muito a aprender sobre as doenças que acometem os animais silvestres, seu impacto sobre as populações e como se conectam com a saúde das pessoas e do planeta.”

Algumas espécies estão especialmente ameaçadas. O demônio da Tasmânia, por exemplo, sofre de um tumor facial contagioso, que está se espalhando rapidamente, colocando o maior marsupial carnívoro em risco de extinção. A espécie tem um “impacto muito significativo sobre as populações e o ecossistema em geral”, relata a patologista ao ScientificAmerican.com. “Se extinta, quem sabe o que acontecerá em seguida? Poderá haver uma superpopulação de roedores.” Os conservacionistas estão tentando salvar o animal por meio da reprodução em cativeiro.

Embora essa doença do demônio da Tasmânia não esteja relacionada à atividade humana, outros cânceres que atingem a vida selvagem podem estar. “As toxinas no ambiente podem causar câncer também nos animais silvestres, não somente em humanos”, comenta Denise, apontando para a alta prevalência da doença, detectada por sua equipe, em tartarugas marinhas e baleias beluga que nadam em águas poluídas. Ela observa que, embora os vírus possam ser a causa derradeira, o ambiente provavelmente está “promovendo ou contribuindo para a ocorrência desses tumores”.

Uma melhora na monitoração da vida selvagem pode, inclusive, ajudar os humanos. “Os animais agem como sentinelas”, declara. “A partir deles, poderemos saber se há algo no ambiente que devemos prestar atenção... Assim, poderíamos providenciar um lenitivo que melhorasse a saúde tanto de animais quanto de humanos.”

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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Condições de Cauchy-Riemann

Consideremos uma função $$f(z) = f(x + iy) = u + iv $$ sendo $$u = u(x, y)$$ e $$v = v(x, y)$$. Se existe a derivada de $$f$$ em um ponto $$z_0 = (x_0 + y_0)$$, $$f(z_0)$$, então as derivadas parciais das funções $$u$$ e $$v$$ em $$z_0$$ satisfazem as condições $$u_x(x_0,y_0) = v_y(x_0,y_0)$$ e $$u_y(x_0,y_0) = -v_x(x_0,y_0)$$.


$$u_x(x,y)=v_y(x,y)$$ e $$u_y(x,y)=-v_x(x,y)$$ são chamadas condições ou equações de Cauchy-Riemann [C–R] e são usadas para decidir se uma função complexa $$f$$é derivável em um ponto. Caso uma destas condições não seja satisfeita em um ponto , é suficiente para afirmarmos que $$f$$ não é derivável (e portanto, não é analítica) neste ponto.

As condições de Cauchy-Riemann nos diz se a função $$f$$ é derivável ou não em um ponto, mas não nos informa quem é a derivada neste ponto. Para isto enunciamos o teorema.

Teorema:
Seja a função $$f(z) = f(x, y) = u(x, y) + i v(x, y)$$ com as derivadas parciais $$u_x, u_y, v_x e v_y$$ funções contínuas. Então $$f$$ é derivável em $$z_0 = (x_0,y_0)$$ se, e somente se $$u_x = v_y$$ e $$u_y = -v_x$$ em $$z_0$$ e $$f(z_0)= u_x(z_0) + iv_x(z_0)$$

Fonte - PUCRS - Pontifícia  Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

G. F. B. Riemann

Conferencista afirma: plano é redondo

G. F. B. Riemann filho de um pastor luterano, foi educado em condições modestas. Era uma pessoa tímida e fisicamente frágil.
Teve boa instrução em Berlim e depois em Göttingen onde obteve seu doutorado com uma tese sobre teoria das funções de váriaveis complexas, onde aparecem as equações denominadas de Caucy-Riemann, embora já fossem conhecidas por Euler e D'Alembert. Neste trabalho já estabelece o conceito de superfície de Riemann que desempenharia papel fundamental em Análise.
Nomeado professor da Universidade de Göttingen em 1854, apresentou um trabalho perante o corpo docente e que resultou na mais célebre conferência da história da matemática. Nele estava uma ampla e profunda visão da Geometria e seus fundamentos que até então permanecia marginalizada.
Ao contrário de Euclides e em sentido mais amplo do que Lobachevsky, observou que seria necessário tratar-se de pontos, ou de retas, ou do espaço não no sentido comum, mas como uma coleção de n-uplas que são combinadas segundo certas regras, uma das quais a de achar distância entre dois pontos infinitamente próximos.
Para Riemann, o plano é uma superfície de uma esfera e reta é o círculo máximo sobre a esfera. De sua sugestão de estudar espaços métricos em geral com curvatura, tornou-se possível a teoria da relatividade, contribuindo assim para o desenvolvimento da física.
Riemann conseguiu muitos teoremas em Teoria dos Números, relacionando-a com Análise, onde encontraremos também a equação de Cauchy-Riemman que é uma concepção intuitiva e geométrica da Análise, em contraste com a aritmetização de Weierstrass.
Um de seus brilhantes resultados foi perceber que a integral exigia uma definição mais cuidadosa do que a de Cauchy e, baseado em seus conceitos geométricos, concluiu que as funções limitadas são sempre integráveis.
Em 1859, Riemann foi nomeado sucessor de Dirilech na cadeira de Göttingen, já ocupada por Euler. Com seu estado de saúde sempre precário, acabou por morrer em 1866 em consequência de uma tuberculose.

Fonte: Fundamentos da Matemática Elementar.

Crânio antigo revela que primeiros primatas não precisavam de grandes cérebros

Fóssil de 54 milhões de anos indica que nem todas as atividades realizadas por eles necessariamente desencadearam aumento do tamanho cerebral

por Katherine Harmon

Se comparados com os outros mamíferos, os primatas – dos lêmures até os humanos – possuem cérebros enormes. Mas os cientistas ainda não sabem exatamente o motivo – ou mesmo quando – nossos cérebros incharam. Estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences postula que, mesmo sem cérebros grandes, os primeiros primatas eram capazes de realizar muitas tarefas próprias da espécie – um achado que questiona muitas das atuais teorias evolucionistas.
                                                                                                                             
Em se tratando dos primatas em geral, “nos primórdios, não tinham um cérebro excepcionalmente grande”, esclarece Jonathan Bloch, curador-associado de paleontologia dos vertebrados do Museu de História Natural da Flórida (pertencente à University of Florida) e co-autor do artigo. Para explicar a expansão dos cérebros primatas, os pesquisadores apresentaram vários mecanismos possíveis. Por exemplo, habitar árvores deve ter exigido um maior poder cerebral para a coordenação de músculos e articulações na vida fora do chão. As mudanças na dieta, como o consumo de frutas em vez de folhas, também podem ter levado a uma maior disponibilidade de calorias para o desenvolvimento cerebral.

No entanto, Bloch e seus colegas propuseram que o dono do raro crânio de 54 milhões de anos, um Ignacius graybullianus (pertencente a um ramo extinto da árvore genealógica dos primatas), já realizava essas tarefas com um cérebro definitivamente não primata. Não somente o cérebro do I. graybullianus correspondia a dois terços do tamanho cerebral dos menores primatas modernos, como “não se assemelha em nada ao dos primatas”, explica o professor de antropologia evolucionária da Duke University, Richard Kay, que não estava envolvido no estudo, mas foi o primeiro a descrever esse crânio peculiar (em 1989). Segundo Kay, se forçada a comparação com algum animal moderno, “estaria olhando para um ouriço”.

Bloch e sua equipe usaram tomografias computadorizadas de alta resolução para retratar a cavidade cerebral. A partir disto, conseguiram criar um modelo completo do cérebro, usando uma impressora tridimensional. “Chegar a uma construção 3D na íntegra é meio que inacreditável”, exalta-se Bloch.

Uma das maiores diferenças, para Bloch e os outros autores, é a extensa região olfatória cerebral, junto com partes menores do lobo temporal, o que ajuda no processamento visual. “O sentido mais desenvolvido desses animais era o olfato, e não a visão”, ao contrário dos primatas modernos, afirma Bloch.

Embora o I. graybullianus estivesse rumo ao desenvolvimento de um cérebro diferenciado − conforme observa Bloch −, um verdadeiro cérebro de primata não apareceu até o eoceno, 55 a 34 milhões de anos atrás.

As novas descobertas estabeleceram “um importante paradigma”, sentencia Kay. O cientista observa que, até agora, não havia um ponto de partida confiável para a evolução cerebral do primata, restando aos pesquisadores traçar correlações entre a fisiognomonia e o comportamento modernos. Porém, conclui Kay, “não se pode determinar um padrão de evolução sem saber o que aconteceu no passado”.

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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Triângulo de Pascal

O Triângulo de Pascal é um triângulo numérico formado por Binômios de Newton (leia o post sobre binômio de Newton) $$\begin{pmatrix}n\\k\end{pmatrix}$$, onde $$n$$ representa o número da linha (posição vertical) e $$K$$ representa o número da coluna (posição horizontal). O triângulo foi descoberto pelo matemático chinês Yang Hui, e 500 anos depois várias de suas propriedades foram estudadas pelo francês Blaise Pascal (Veja Biografia)

Propriedades:

Relação de Stifel.

Cada  número do Triângulo de Pascal é igual a soma do númedo imediatamente acima e do antecessor do número acima $$\begin{pmatrix}n - 1\\k - 1\end{pmatrix} + \begin{pmatrix}n - 1\\k\end{pmatrix}=\begin{pmatrix}n\\k\end{pmatrix}$$

$$\begin{matrix} &\mathbf{0}&\mathbf{1}&\mathbf{2}&\mathbf{3}&\mathbf{4}&\mathbf{5}\\ \mathbf{0}&1&&&&&\\\mathbf{1}&1&1&&&&\\ \mathbf{2}&1&2&1&&&\\\mathbf{3}&1&3&3&1&&\\ \mathbf{4}&1&4&\underline{\overline{6}}&\underline{\overline{4}}&1&\\ \mathbf{5}&1&5&10&\underline{\overline{10}}&5&1\\ \end{matrix}$$

Portanto:
$$\begin{pmatrix}4\\2\end{pmatrix} + \begin{pmatrix}4\\3\end{pmatrix} = \begin{pmatrix}5\\3\end{pmatrix}$$
$$6 + 4 = 10$$

Soma de uma linha:

A soma de uma linha no Triângulo de Pascal é igual a $$2^n$$.
$$\begin{matrix} &\mathbf{0}&\mathbf{1}&\mathbf{2}&\mathbf{3}&\mathbf{4}&\mathbf{5}&\mathbf{6}&\mathbf{2^{n}}\\ \mathbf{0}&1&&&&&&&{2^{0}=1}\\\mathbf{1}&1&1&&&&&&{2^{1}=2}\\ \mathbf{2}&1&2&1&&&&&{2^{2}=4}\\\mathbf{3}&1&3&3&1&&&&{2^{3}=8}\\ \mathbf{4}&1&4&6&4&1&&&{2^{4}=16}\\ \mathbf{5}&1&5&10&10&5&1&&{2^{5}=32}\\ \mathbf{6}&1&6&15&20&15&6&1&{2^{6}=64} \end{matrix}$$

Soma de uma coluna

A soma da coluna, no triângulo de Pascal, pode ser calculada pela relação
$$\begin{pmatrix}n\\n\end{pmatrix} = \begin{pmatrix}n + 1\\n\end{pmatrix} + ... + \begin{pmatrix}n + k\\n\end{pmatrix} = \begin{pmatrix}n + k + 1\\n + 1\end{pmatrix}$$

$$\begin{matrix} &\mathbf{0}&\mathbf{1}&\mathbf{2}&\mathbf{3}&\mathbf{4}&\mathbf{5}&\mathbf{6}\\ \mathbf{0}&1&&&&&&\\\mathbf{1}&1&\underline{\overline{1}}&&&&&\\ \mathbf{2}&1&\underline{\overline{2}}&1&&&&\\ \mathbf{3}&1&\underline{\overline{3}}&3&1&&&\\ \mathbf{4}&1&\underline{\overline{4}}&6&4&1&&\\ \mathbf{5}&1&5&\underline{\overline{10}}&10&5&1&\\ \mathbf{6}&1&6&15&20&15&6&1 \end{matrix}$$


Portanto:
$$1 + 2 + 3 + 4 = 10$$

Simetria

O triângulo de Pascal apresenta simetria em relação à altura, se escrito da seguinte forma:
$$\,\! \begin{matrix} {\begin{matrix}&&\\&&\\&&\\&&\\&&\\&&1\\&1&\\1&&7\end{matrix}} & {\begin{matrix}&&&&1&&&&\\&&&1&&1&&&\\&&1&&2&&1&&\\&1&&3&&3&&1&\\1&&4&&6&&4&&1\\&5&&10&&10&&5&\\6&&15&&20&&15&&6\\&21&&35&&35&&21&\end{matrix}} & {\begin{matrix}&&\\&&\\&&\\&&\\&&\\1&&\\&1&\\7&&1\end{matrix}} \end{matrix}$$

Isso se deve ao fato de que: $$\begin{pmatrix}n\\k\end{pmatrix}= \frac{n!}{k!(n - k)!} = \frac{n!}{(n - k)!k!} = \begin{pmatrix}n\\n - k\end{pmatrix}$$

Reconhecimento do Mérito

O Brasil tem instituições seculares de pesquisa, como IAC e o Instituto Florestal, que atuam com vigor juvenil
por Larry Greenemeier

A necessidade de alimentação nasce tão logo se chega ao mundo. E, no decorrer da vida, surgem outros requisitos para mantê-la. Vem então a prevenção de doenças. Estão aí dois setores em que o Brasil é referência: produção de alimentos e de vacinas. A primeira tem muito da contribuição de instituições como o Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, o Instituto Biológico e outras unidades da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Já os cuidados com a saúde passam por institutos paulistas como Butantan e Adolfo Lutz. Desde o combate à febre amarela, bubônica, tifoide, até chegar ao da gripe A H1N1, tem-se a atuação desses órgãos. Apesar da pouca memória histórica, o país é, sim, bem-sucedido em ciência com tecnologias agrícolas, vacinas, energia, aeronáutica e outras.

Com pouco mais de 500 anos, o Brasil tem instituições seculares – o IAC, de 1887, o Instituto Florestal, fundado um ano antes, e vários dos 17 institutos paulistas de pesquisa beiram os 100 anos de existência. Eles não pararam no tempo, graças ao espírito inovador de homens e mulheres de atitude transformadora que, ao criarem novas equipes, ao transmitirem seu conhecimento a novas gerações e lhes permitirem novas descobertas, ampliam a magnitude da ciência tendo o tempo como aliado. É uma maioridade científica com o vigor juvenil.

Seus resultados favorecem a humanidade. O fazer científico requer, além do trabalho incessante, continuado, de cientistas e suas equipes nos experimentos, da visão de futuro da ciência e dos benefícios à sociedade, também o reconhecimento dos escalões de decisão ao progresso que trazem às diferentes populações. É primordial que governos privilegiem ciência, tecnologia e inovação como instrumentos de superação de problemas econômicos e sociais.

Em todas as esferas, as respostas hoje disponíveis foram iniciadas há décadas. Quando o cidadão tem acesso a produto ou serviço que lhe facilita o dia a dia é porque lá atrás profissionais arregaçaram jalecos para experimentar, observar, comprovar. Pessoas que não protelaram a pesquisa sob alegação de falta de tradição científica nacional. A essas pessoas, a nação deve não apenas um melhor modo de vida. O débito envolve também a elevação da autoestima nacional, a passar por empregos dependentes de C&T e o posicionamento no cenário mundial.

É curioso notar que, apesar de todos os avanços, faz pouco tempo que a carreira de pesquisador científico foi reconhecida no estado de São Paulo. A Lei Complementar 125, de 18 de novembro de 1975, organizou a carreira, distinguindo-a das demais existentes no serviço público paulista. A lei alterou o status de atuantes em pesquisas, que antes eram reconhecidos apenas em sua área de graduação, e definiu a progressão na carreira com caráter meritocrático, definindo seis níveis de pesquisador e expondo- o à crescente exigência de capacitação científico-tecnológica.

Esse reconhecimento, além de determinar a continuidade das pesquisas, está relacionado à melhora da qualidade de vida. Nos anos 30, pesquisa do IAC com algodão foi decisiva para a economia paulista não estagnar diante da crise de 1929. No fim da década de 40, descoberta feita pelo Instituto Biológico, em estudos com veneno da jararaca, levou a desdobramentos que resultaram no desenvolvimento de medicamento para hipertensão arterial usado no mundo todo. A preservação da memória e do espírito inovador traz o embasamento para programações científicas capazes de responder às demandas atuais. Exemplos não faltam. Entre os projetos de pesquisa em desenvolvimento no IAC, há vários de grande repercussão, como a coordenação de um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Citros, financiado pelo CNPq, e três projetos no Programa Fapesp de Pesquisa em Bionergia (Bioen).

Há muitos outros de intenso reflexo nos setores produtivos desenvolvidos nos institutos da secretarias de Agricultura, Meio Ambiente, Saúde e Economia e Planejamento. No centenário Instituto Butantan, descoberta recente sobre vacina de coqueluche deve ampliar a produção, reduzir custos e colocar o Brasil entre os grandes produtores mundiais do insumo. São inúmeras as contribuições do grupo paulista para o país, e não é possível relatá-las aqui. Fica a chamada para conhecê-las mais de perto, ainda que virtualmente.

A rede de ciência que coloca o Brasil entre as principais nações do mundo envolve gente que toca laboratórios e campos, que investe na parafernália científica e que depende das soluções para ter sua vida melhor. Pessoas que acreditam na prosperidade científica. E é por elas e por todos nós que a ciência há que seguir fascinando na compreensão da realidade e na sustentação da humanidade. Fincada em raízes profundas e reais, ciência e cientistas seguem a missão de melhorar a vida do homem. Todo dia, um passo adiante.

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Animais gays podem alterar a evolução?

Aqueles que adotam comportamento sexual entre o mesmo sexo podem estar agindo de acordo com estratégias de adaptação em vez de ir contra elas
por Katherine Harmon

O comportamento homossexual parece explicitamente não-darwinista. Um animal que não passa adiante seus genes, acasalando com o sexo oposto em todas as oportunidades concebíveis, parece ser uma desvantagem evolucionária. Então, por que mais de 450 espécies optam pelo homossexualismo?

Dois biólogos evolucionistas da University of California (UC), campus de Riverside, pretendem responder essa questão em artigo no periódico Trends in Ecology and Evolution. “Esse comportamento está sendo muito observado”, disse Nathan Bailey, pesquisador pós-doutorado da UC Riverside e autor líder do estudo de comportamento homossexual em animais. “Mas levou muito tempo para as pessoas colocarem isso no contexto evolucionário.”

Depois de estudar dúzias de estudos sobre o assunto, Bailey e sua colega Marlene Zuk concluíram que, além de ser uma estratégia de adaptação, “esses comportamentos podem ser uma força”, disse Bailey. “Eles criam um contexto no qual a seleção possa ocorrer [diferentemente] dentro da população.”

Com os albatroses-de-Laysan, por exemplo, uma pesquisa mostrou que um terço de todos os casais da colônia desses animais no Havaí é composto por duas fêmeas. Esse comportamento beneficia os pássaros, pois a colônia tem muito mais fêmeas do que machos formando casais homossexuais. Tal dinâmica pode então forçar mudanças graduais no comportamento e até mesmo aparência física dos pássaros, enfatizaram os autores.

Entretanto, outros pesquisadores não se convenceram que tudo deve se ajustar dentro da rubrica evolucionária, adaptativa. “Devemos pensar além disso”, diz Paul Vasey, que estuda macacos japoneses como professor associado da University of Lethbridge no Canadá.

Seu trabalho mostrou que pelo menos entre as macacas o comportamento homossexual não parece ter nenhuma vantagem de adaptação, o que “não corresponde com a forma das pessoas pensarem sobre o assunto”, disse. Mas conclui: “Você não pode impor sua perspectiva sobre as espécies que está estudando. Tente entender o mundo em seus próprios termos.”

O que tudo isso significa para as discussões sobre homossexualidade humana? Certamente, diz Bailey, “pode haver uma dissonância” entre as disciplinas de estudo humano e animal, e ambas as arenas prometem ser campos férteis para pesquisas futuras.

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Correção da Prova de Física do ITA 2010

Os candidatos a uma vaga no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) fizeram a prova de física nesta terça-feira (15). Confira a correção do exame elaborada por professores do curso Etapa, em São Paulo.